segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O Coxa merece cair!

Não há muito que dizer sobre o jogo de ontem, contra o Internacional.

Pra reafirmar nossa pequenez, saímos comemorando um empate quando só a vitória nos interessava. E, repetindo o que ocorreu contra Corinthians e Criciúma, começamos a partida com onze jogadores, ficamos com dez aos cinco minutos de jogo, quando Alex baixou a cabeça, talvez para olhar o dedinho machucado, e não a ergueu mais, e com nove quando fomos forçados a fazer a primeira substituição, e Diogo entrou (em mais uma presepada do DM, que libera pra jogar um cara que tem que ser substituído com menos de 15 minutos em campo).

Ainda assim, seguramos um empate que, no entanto, só faz prolongar o nosso sofrimento, posto que seja difícil confiar (e acreditar) em um time que, em 2013, só nos fez passar vergonha.

Mas, não bastasse toda essa humilhação, eis que hoje a imprensa noticia uma tentativa RIDÍCULA de se “melar” o campeonato, tirando pontos de Criciúma, Ponte Preta ou Portuguesa. E essa tentativa estaria sendo encabeçada pelo Coritiba, segundo a matéria citada.

Isso só comprova o despreparo e falta de vergonha na cara dos nossos dirigentes. Não tendo conseguido permanecer na primeira divisão pelas vias corretas, tentam pelas vias erradas. Jogam fora qualquer resquício de ética que poderia ainda existir, e tentam penalizar, por exemplo, um time como o Criciúma, cujos jogadores tiveram brio e raça para ir buscar três vitórias em sequência, quando todos já os consideravam rebaixados. Brio e raça que, aliás, passaram BEM longe dos jogadores do Coritiba.

Como um time que propõe uma virada de mesa nesses moldes pode reclamar do que fez o Cruzeiro, ao entregar o jogo para o Vasco? Como um dirigente que aceita ver o nome do seu clube ligado a uma manobra de tamanha baixeza como essa, pode querer ser respeitado pelos demais? E não cabe nem discutir a legitimidade da reivindicação, uma vez que ela só surgiu agora, quando estamos na zona de rebaixamento, e não antes, quando serviria a todos os clubes do campeonato, não apenas àqueles que estão com a corda no pescoço.

Pois eis que, faltando ainda duas rodadas para o término do campeonato, a vergonha que sinto é tão grande que ouso dizer que o Coritiba merece ser rebaixado. Uma sequência de tantos erros consecutivos, cometida pelos nossos dirigentes, não pode passar batida, sob pena de continuar a se repetir eternamente, como, aliás, as nossas cíclicas quedas nos últimos anos comprovam. E, não bastassem tais erros, repetidos à exaustão, eis que somos brindados com o mais sujo de todos os jogos, que é tentar virar a mesa pra não cair.

E, para o argumento de que a torcida não merece ser penalizada pelos erros cometidos pelos dirigentes, cabe a resposta de que ela merece sofrer, sim, por ter se omitido quando deveria ter protestado, por ter aplaudido jogadores medíocres (que, inclusive, estão tendo seus contratos renovados, quando estes já não forem longos), por ter se aliado a dirigentes aventureiros, irresponsáveis e incompetentes, e, agora, por deixar que os mesmos dirigentes usem de manobras tão baixas para encobrir os seus erros. Quem ama, cuida; quem não cuida, que arque com as consequências.

Sim, meu coração sangra ao ver o desfecho trágico iminente, que se anuncia. E confesso que até antes de ler esse absurdo capitaneado pelo Coritiba, eu ainda me permitia ter um mínimo de esperanças de que pudéssemos escapar de mais um vexame. Mas tentar ROUBAR dos outros os pontos que não tivemos competência para ganhar é a comprovação de que TUDO está tão errado no Coritiba, que ele precisa ser reinventado, para não desaparecer de vez.

Presidente Vilson Ribeiro de Andrade, você, que se permitiu dar as chaves do clube a um aventureiro, que reatou com uma torcida organizada que tinha jogado o nome do Coritiba na lama, e que agora tenta uma manobra de uma baixeza ímpar para conseguir por vias tortas o que não teve competência para buscar com retidão, você, pela primeira vez na minha vida, me fez sentir vergonha de ser Coxa Branca.

A Série B é um castigo mais do que merecido para o Coritiba. E para todos nós, que permitimos que as coisas chegassem a esse ponto. Se não tivermos mesmo mais forças para ganhar dentro de campo, que pelo menos possamos encerrar a nossa participação de forma honrada, condenando e repudiando mais essa tentativa do nosso presidente de nos envergonhar nacionalmente.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Lição definitiva

Difícil entender a surpresa de alguns pelo nosso [quase certo] rebaixamento.

Se em 2012 escapamos da segundona já quase na bacia das almas, em 2013 TUDO indicava que esse seria o nosso fim.

Derrotas para o Paraná Clube no Couto Pereira e para o sub-alguma-coisa do Atlético, goleada para o Nacional de Manaus, derrota em casa e eliminação vergonhosa da Sul Americana para um timeco colombiano, vendas de Rafinha e Emerson, aplausos a jogadores medíocres, contratação de Péricles Chamusca (!!) quando ainda dava tempo de buscar uma reação...

Vilson Ribeiro de Andrade especializou-se em quebrar promessas. Prometeu um 2013 com o Coritiba entre os seis melhores do Brasil, e nos rebaixou para a segunda divisão; prometeu banir as torcidas organizadas do Alto da Glória, e foi dançar no palco durante a festa de aniversário da mais danosa e beligerante delas; condenou o nosso estádio, e resolveu remendá-lo, e elitizá-lo; criticou tudo o que era relacionado à Copa 2014, e cedeu gratuitamente o Couto Pereira para servir como campo de treinamento; prometeu implantar no Coritiba uma estrutura profissional, entregou as chaves do clube para um aventureiro descompromissado e sem história, e manteve o departamento médico e a preparação física do clube com desempenhos piores que os clubes da várzea.

Eu sempre considerei o nosso rebaixamento de 2009 um acidente. Naquele ano, a despeito de nos descuidarmos nas rodadas finais, aconteceu algo extremamente improvável, que foi a arrancada do Fluminense com uma sequência inimaginável de vitórias. Bem diferente do que está a acontecer este ano, quando tivemos várias indicações de que tudo estava errado, a despeito da cortina de fumaça promovida pela diretoria e reforçada por alguns inconsequentes, que criaram "movimentos" entre os torcedores que só faziam cegar a todos, e trabalharam arduamente para esconder nossa fraqueza.

E assim, fecha-se mais um círculo da recente história de mediocridade alviverde: um presidente que aparece como salvador da pátria, nos tira do Inferno e depois, tomado pela soberba e revelando todo o seu despreparo, nos devolve para lá, com requintes de crueldade. Mas não nos isentemos totalmente de culpa, dada a simbiose que formam os dirigentes e os torcedores do Coritiba: aqueles são sádicos, estes são masoquistas.

Então, cá estamos nós, Coxas Brancas,  a sentir o coração ferido, novamente. É como se tivéssemos uma faca cravada no peito, com a qual nos acostumamos, mas na qual vem alguém mexer, de tempos em tempos, para enterrá-la mais fundo ainda na nossa alma. E nos vemos, de novo, com o olhar perdido, com os rostos cobertos por lágrimas, humilhados e espezinhados, como se o nosso amor pelo Coritiba fosse uma maldição a nos acompanhar para toda a eternidade.

Mas talvez possamos fazer de mais essa desgraça algo bom. Talvez consigamos reordenar nossas prioridades, e passar a dedicar mais tempo para as nossas famílias, ao invés de desperdiçá-lo com jogadores e dirigentes aventureiros, todos já com suas vidas ganhas e sem nenhum compromisso com a honra; talvez possamos dar um fim mais nobre ao dinheiro que empregamos nas anuidades de sócios do clube, doando-o para quem irá transformá-lo em alimento, não em salários de vagabundos que não honram nossa camisa e que logo estarão vestindo outra, ou que mais descansam no departamento médico do que trabalham; talvez aprendamos em não mais confiar em pessoas que são vistas como redentoras, mas cujo despreparo e incompetência sempre predominam, no final.

E digo "talvez" porque sei o quanto é difícil arrancar do peito um amor. Olho para o escudo do Coritiba, me emociono, e já me pego tentando acreditar em um recomeço ou, para ser mais fiel ao estado das coisas, em mais uma ressurreição. Mas vou lutar com todas as minhas forças para reordenar minha vida e para, enfim, dar ao Coritiba a mesma importância que ele dá a mim, como seu torcedor: nenhuma.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O pior Coritiba de todos?

O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, não sai mais das salas de reuniões espalhadas pelo Brasil, seja do Ministério do Esporte, da CBF ou do diabo a quatro, tentando achar uma solução para as dívidas dos clubes de futebol do Brasil.

O craque do Coritiba, Alex, não sai das manchetes como sendo um dos organizadores do movimento chamado Bom Senso, que busca um calendário melhor e mais adequado aos clubes de futebol do Brasil.

Felipe Ximenes que, sob a anuência de Vilson Ribeiro, contratou esse elenco ridículo que hoje nos envergonha, e que gastou boa parte do seu tempo fazendo reuniõezinhas com idiotas para doutriná-los e ensiná-los a mentir, deve estar descansando em algum lugar do mundo, esperando alguma proposta de algum outro clube incauto, para seguir sua carreira.

Enquanto isso, o Coritiba afunda.

É possível que tanto Vilson quanto Alex venham a conseguir alguns dos objetivos pelos quais estão muito empenhados, mas eles em nada devem ajudar o Coxa. Pois o Coxa deveria acabar.

Já não bastasse a mediocridade do nosso elenco, a ela somou-se a idiotice de um treinador que resolveu inventar na hora decisiva, e que quando precisa tentar consertar os seus erros, coloca um lateral esquerdo no lugar de um centroavante bichado, empurrando outro lateral esquerdo para o meio de campo e um volante para o ataque. Ou seja, Péricles Chamusca conseguiu a façanha de conseguir piorar o que já era péssimo. E, o que é pior, estava na cara que isso iria acontecer.

Não seria nenhum exagero enxergar o Coritiba de hoje como um dos piores de todos os tempos. Não temos mais um estádio inteiro, pois boa parte dele está sendo enfeitada e elitizada, provavelmente para receber os jogos da segunda divisão; o fornecedor de material esportivo ri da cara da torcida, ao reaproveitar camisas de passeio, ou de outros clubes, colocar o símbolo do Coxa, e montar um discurso mentiroso (e patético) sobre uma "nova camisa do Coritiba"; o presidente do clube anda pra lá e pra cá, de gravata, tentando negociar as dívidas de todos os clubes, enquanto o seu clube chafurda na lama; o craque do time, em quem a torcida depositava todas as esperanças, diz jogar no sacrifício e não consegue acertar mais sequer uma cobrança de escanteio; e a própria torcida alviverde já nem tem mais forças para reagir ou protestar, cansada que está de tantas humilhações, e calada por imbecis que falam em Revolução, Coritibanismo, #reagetimemedíocre e bobagens afins, que confundem cuidado com cegueira.

E assim, iniciamos mais um dia com um gosto amargo na boca, o gosto da derrota, do fracasso. Tentamos fazer o lógico, que seria seguir a nossa rotina, mas um nó na garganta, uma tristeza imensa, e a vontade de chorar atrapalham tudo. Recomeçamos a contra os minutos para o próximo jogo, com a esperança de que consigamos ensinar um pouco do amor que sentimos pelo Coritiba a quem o comanda e a quem entra em campo vestindo a sua camisa. Mas amor não se ensina, nem se esquece, infelizmente...



terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tá maluco, Chamusca????

Saiu há pouco, em um jornal online:

O provável Coritiba contra o Alvinegro paulista terá Vanderlei; Gil (Victor Ferraz), Luccas Claro, Leandro Almeida e Carlinhos; Willian, Uelliton, Emerson Santos e Alex; Julio César e Deivid.

Se não for outra matéria mentirosa, ou apenas um balão de ensaio para despistar os adversários e apavorar os torcedores, Péricles Chamusca só pode ter enlouquecido! Em um jogo decisivo, no qual a vitória é o ÚNICO resultado que interessa, ele arma o nosso meio de campo com três jogadores de marcação? E com Emerson Santos????

Será que ele esqueceu que Alex tem andado em campo, por conta da sua contusão? Será que ele acha que não precisaremos armar nenhuma jogada, que não precisaremos de jogadores de criação, que os zagueiros adversários irão nos ajudar novamente, marcando contra ?

E a opção por Emerson Santos, de onde ele tirou? Será que ele sabe que esse jogador é mais um dos fracassados ruins de bola trazidos por Felipe Ximenes, que disse ter feito uma "garimpagem" e "saber das suas qualidades"? Que esse segundo volante, que também tenta atuar como meia, NUNCA conseguiu nem ao menos ser razoável em campo, nas chances que teve?

Será que Péricles Chamusca sabe que precisamos GANHAR o jogo contra o Corinthians? Ou será que ele vai repetir a tática medrosa dos jogos contra Vasco e Lusa, quando mandou nosso goleiro fazer cera com cinco minutos de jogo?

Chamusca só pode estar louco. Ou é um irresponsável, que quer jogar no lixo o único trunfo que temos, que é atuar em casa, jogando pra ganhar. Invenções "tipo Marcos Paulo" como essa, já nos custaram um título nacional. E agora podem nos custar a permanência na primeira divisão.

E o pior de tudo é saber que um maluco tira essas loucuras sabe-se lá de onde, e quem paga o pato somos nós, torcedores.

Como sempre, resta-nos apenas o direito de rezar que mais essa estupidez, por um milagre, dê certo...


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"Ir até o Inferno"

Vanderlei fazendo cera com dez minutos de jogo; Péricles Chamusca inventando na escalação e se borrando de medo de mais um timeco; Julio Cesar, de frente pro gol adversário, chutando pra lateral ; Alex, mais uma vez no sacrifício, andando em campo;  Junior Urso, que não sabe dar um passe de um metro, tentando dar chapéu no adversário; pra completar, a IAV tentando nos tirar a última esperança de não caírmos, ao seguir o seu padrão bestial de comportamento e arrumar mais uma confusão, que pode nos custar muito caro.

Terminamos um jogo, em que a vitória era necessária, e possível, com QUATRO volantes em campo. Quatro volantes!! Quanta covardia!

Isso não é planejamento. Isso é irresponsabilidade, falta de compromisso. No momento em que mais precisamos de coragem, de ousadia, de força, o medo impera. Comemoram um ponto, fiando-se que venceremos os jogos em casa. Mas não sabemos qual será o ânimo dos jogadores para essas partidas, nem como esse treinador covarde vai armar a equipe, muito menos se poderemos jogar mesmo em casa todos os jogos que faltam.


Sendo realista, o Coxa merece ser rebaixado. Erraram na montagem do elenco, erraram na escolha do treinador para esse momento de crise, erraram ao "perdoar" a torcida organizada. E todos esse erros não foram cometidos pela primeira vez, mas são meras repetições de anos anteriores. Falam tanto em "projeto", mas os erros são sempre os mesmos; falam em ousadia, mas distribuem fraldas aos jogadores antes de coloca-los em campo; falam em seriedade, mas permitem que marginais nos tirem o pouco de esperança que temos.

"Ir até o inferno, atentar o Satánas..." Eis o resumo do Coritiba de hoje.



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Viva a falta de lógica!

Patético: agora tem um monte de gente falando que não temos um goleiro confiável, que o elenco do Coritiba é fraco, que o time não sabe jogar fora de casa... Esperaram a água bater na bunda para enxergar o óbvio!

Esses, os que agora começam a apontar as fraquezas do Coritiba, deveriam se manter calados, envergonhados por terem sido cúmplices no jogo de mentira perpetrado pela diretoria alviverde. "Projeto", clube entre os seis maiores do Brasil, CT novo, Libertadores, tudo papo furado!

A sorte desses cegos, e do Coritiba, é que futebol não tem lógica. Pois se houvesse um mínimo de justiça e coerência no mundo da bola, o Coritiba já estaria rebaixado há muito tempo. Em 2013, vimos levando uma paulada atrás da outra, no regional, na Copa do Brasil, no Brasileirão, na Sul Americana mas, ainda assim, a grande maioria dos que apenas hoje esboçam alguma contrariedade continuava a aplaudir tudo, alienados da realidade.

Discursavam esses, os alienados, que era preciso "apoiar" o clube. Como se apoiar fosse fechar os olhos e fingir que nada de ruim existia, ou poderia acontecer. Pois apoiaram tanto as falhas de Vanderlei, os erros de Chico, os passes errados de Junior Urso, ficaram como bobos gritando Bill, Bill, Bill, que adentraram um universo paralelo, onde viam-se como que carregando o time nas costas em direção a grandes conquistas, sendo que o que realmente faziam era atuar como operários na pavimentação da nossa estrada para o Inferno.

Agora, por exemplo, fica a se procurar uma explicação para a nossa ridícula campanha nas partidas fora de casa, incompetência essa que vem de anos, aliás, sendo que a explicação é uma só: falta de vergonha na cara dos jogadores. Quando têm quinze mil pares de olhos a vigiarem-nos, correm e se dedicam; já quando estão longe da cobrança de quem ficará com o prejuízo que eles deixarem, acomodam-se, confortam-se com a derrota, entregam-se, enfim.

Eis que nos restam seis jogos para definirmos onde estaremos em 2014: se iniciando mais um ano tendo que recomeçar do zero, mas ainda na "elite" do campeonato nacional, ou se naquele que parece ser um castigo merecido, a segunda divisão, seja pela incompetência dos caras que se sucedem no comando do time, seja pela pasmaceira dos que aplaudem essa incompetência.

Seis jogos, metade deles no Alto da Glória. Como do time que temos não poderíamos esperar NADA nos jogos fora de casa, restaria dobrar o número de gargantas a se esgoelarem gritando Coxa! no Couto Pereira para, a exemplo do que ocorreu no jogo contra o Cruzeiro, não permitir que os jogadores alviverdes desistam de lutar. Porém, como recentemente em todas as vezes que precisamos decidir algo em casa saímos chorando [de tristeza] do estádio, espero que aconteça o milagre de o Coritiba conseguir vencer longe do Couto Pereira. Pois, se a poesia que versa sobre o amor da torcida Coxa Branca pelo seu clube é bela, a realidade que escreve sobre o compromisso dos jogadores com essa torcida, e com esse clube, é cruel.

Então, não é hora de versinhos bonitos e palavras de amor incondicional: é hora de seriedade, e de MUITA dedicação por parte dos jogadores, para por um ponto final nesse sofrido ano de 2013...

domingo, 3 de novembro de 2013

Burrice!

O Coritiba foi pra cima de Cruzeiro e Grêmio, primeiro e segundo colocados no campeonato, jogou bem e venceu com autoridade.

Aí, foi jogar contra o antepenúltimo da tabela, se encolheu todo, jogou pra empatar, e perdeu. Com vinte segundos de jogo, Vanderlei já estava fazendo cera, mostrando claramente o que é que o Coritiba buscava contra o Vasco.

Aí cabe a pergunta: como é que um treinador pode ser tão burro assim??? Colocar o time pra tentar um empate contra um time moribundo, sabendo que uma vitória seria praticamente definitiva para nos livrar do rebolo?? Fala sério, Chamusca!!

O reflexo da incapacidade do treinador estava estampado no ânimo dos jogadores. Foi como se tivéssemos jogado com dez jogadores, pois Alex andou em campo. Gil e Carlinhos erraram TUDO o que tentaram. Junior Urso foi o peladeiro de sempre: corre como um louco, mas é grosso de bola, a ponto de desperdiçar várias bolas no ataque que poderiam nos ser úteis. E Vanderlei...... Bem, falar mais sobre a incapacidade de Vanderlei é perder tempo. Talvez ele seja o resumo de toda a mediocridade do nosso time.

E assim, jogando como um timeco, comandado por outro medroso (que sina a nossa!), eis que o Coritiba perdeu a décima partida seguida jogando fora de casa. Em todo o campeonato, ganhamos apenas um jogo longe do Couto Pereira.

Mas tá tudo bem, né? Podemos levar uma surra da Lusa também, que aí é "só" ganhar de Criciúma e Corinthians em casa que o ano  terminará "bem" pra nós. Mas, na boa, quem é que pode confiar em um time que não tem goleiro, que tem uma estrela que, ferida, sempre se apaga fora de casa, que depende de jogadores do naipe de Gil, Robinho e Urso, e que agora tem mais um treinador que se borra todo de medo de ir pra cima de um time que consegue estar pior do que nós no campeonato?

O fato é que o Coritiba cansa a gente. Judia, maltrata, humilha. Entra ano, sai ano, e só o que podemos almejar é brigar pra não cair. E até isso tem que ser sofrido. Quando pensamos que o time vai deslanchar, depois de duas boas vitórias, os caras fazem questão de nos lembrar da nossa pequenez e, irresponsavelmente, entregam um jogo fácil, e para um concorrente direto na briga para escapar do Inferno.

Não sei como encerrar este texto. Penso no Coritiba e tenho medo. Queria estar aqui mentindo pra mim mesmo e para quem lê estas linhas, e demonstrar confiança. Queria poder acreditar que os jogadores sentiram essa derrota, e que a postura contra a Portuguesa será outra. Queria, enfim, estar feliz com o meu time. Mas só consigo pedir: acorda, Coritiba!

Estamos brincando com o perigo. E sempre que fizemos isso, nos demos mal. Acorda, Coritiba! 2013 não acabou ainda!!


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

2014 ???

Bastaram duas boas vitórias, sobre Cruzeiro e Grêmio, para o Coritiba esquecer  o ridículo desempenho do time este ano, e começar a discursar sobre 2014.

Pois, às vésperas de dois jogos importantíssimos, onde iremos enfrentar concorrentes diretos na briga para fugir [MAIS UMA VEZ] do rebaixamento, já começam os discursos de sempre, sobre "montar um time competitivo para o ano que vem", e "ajustar alguns erros cometidos" (aliás, dizer "alguns erros" é conceder-se uma auto indulgência que ultrapassa as raias da soberba). Mesmo que nosso presidente reconheça, na mesma fala, que "temos ainda uma missão difícil", não é hora de se discursar sobre 2014. Por dois motivos.

- primeiro: ninguém mais vai acreditar nessa conversa de "ajustar erros cometidos". Tivessem eles, os erros, tido sido cometidos pela primeira vez, talvez até desse pra acreditar nesse papo furado. Mas os erros de 2013 foram meras repetições da nossa rotina de incompetência, em relação à contratação de maus jogadores e à venda dos bons; isso sem falar no fator principal, escondido sobre a égide de ser um "assunto interno do clube", da questão da pontualidade (ou não) das obrigações salariais com os jogadores;

- segundo, e mais importante: 2013 NÃO acabou ainda!! Em um ano em que conseguimos perder para o Paraná no Couto Pereira, para o time sub-23 do Atlético, em que fomos GOLEADOS e desclassificados da Copa do Brasil por um time amador de Manaus e HUMILHADOS por um time semi-amador da Colômbia (em um torneio continental!), em um ano em que temos o PIOR desempenho como visitantes no Brasileirão, nada mais coerente que cheguemos a novembro rezando para que o mal maior, que seria uma nova queda para a segunda divisão, não se concretize.

Sim, há de se valorizar as vitórias alcançadas sobre Cruzeiro e Grêmio, pois elas nos devolveram um pingo da dignidade que nos foi roubada durante este ano terrível. Mas não, nem de longe é possível relaxar, como se todo o perigo já tivesse sido afastado e, pior ainda, comemorar como uma conquista a possível fuga do rebaixamento. A menos que sejamos realmente pequenos, e que aceitemos que o máximo a que podemos aspirar, ano após ano, é não cair mais.

Esqueçam 2014! E risquem do nosso dicionário a palavra "projeto", pois ela nos ofende, à medida em que nos toma por idiotas capazes de sermos enganados repetidas vezes. O único projeto que nos interessa, agora, é continuar com a sequência de boas apresentações do time, que resultaram em vitórias importantes. Foquem no Vasco. E depois na Lusa. E no Corinthians. E nos outros quatro jogos. Não temos o direito de pensar no ano que vem, sob pena de perdermos o foco para escapar da humilhação que está sendo esse nosso 2013.

Não prometam para o nosso amanhã e não repitam o nosso ontem, apenas TRABALHEM pelo nosso hoje.