Por Felipe Rauen
Transcrevo, entre perplexo e entristecido, parte da matéria constante do portal Paraná-Online de hoje, edição virtual do jornal Tribuna do Paraná, onde é reproduzida entrevista dada pelo Alex à revista Placar, com o título:
“Alex está de malas prontas para deixar o Coritiba em 2014”.
Até ai só nos caberia lamentar a notícia, em especial porque o Alex disse ter voltado ao Coritiba por opção e amor, em que pese ainda não tenha nos dado o retorno que esperávamos. Mas ainda assim ele tem o direito de procurar o que lhe parecer melhor, trocando o amor velho por um novo.
Mas o que me espantou foi ler as declarações que constam no corpo da matéria:
“Não devia e continuo não devendo (nada ao clube). O Coritiba me deu a oportunidade quando eu era criança, de poder crescer nas categorias de base, me profissionalizar e seguir minha vida como atleta profissional. “Mas não tenho dívida nenhuma”, repete sempre”.
E adiante:
“O Coritiba é um time de médio para pequeno que só ganhou no meu desejo de retornar e ir ajeitando minha vida pós-futebol.”
Além disso, na mesma revista de circulação nacional mostra frustração com a torcida alviverde. “Quando voltei ao Coritiba, eu estava iludido que o torcedor poderia comparecer.... Nós ficamos invictos por dez jogos (no início do Brasileiro), nosso time jogando bem e o estádio não enchia”.
Em outra matéria, Alex diz ser contrário à homofobia e ao “politicamente correto”, encerrando a entrevista com a afirmação: “No futebol, a gente tem de exigir do jogador o rendimento em campo. Se ele é bonzinho, bêbado, veado ou bate na mulher, pra mim pouco importa.”.
Sem dúvida que o desempenho em campo é o que importa, não podendo haver qualquer descriminação por opção sexual. Mas como entender o paradoxo, entre o Alex pensar que é contrário à homofobia, mas que pouco se importa se o companheiro é “bêbado” ou “bate na mulher”?
Ora, o alcoolismo – não que não seja salutar tomar um bom vinho ou uma cerveja vinho de vez em quando – se excessivo é danoso, especialmente para um atleta. E um bom colega, que deseja ser líder, deveria procurar mostrar ao companheiro que aponta como “bêbado” que a prática poderá destruir a sua carreira.
Mas e quanto a “bater em mulher”. Pouco se importa o Alex? Em que mundo ele vive? Só falta dizer como na anacrônica piada jurídica quanto a bater na mulher seria “exercício regular de direito”... Cuidado, não se espante se uma entidade feminista reaja ante tamanha bobagem (não exagero em dizer que é “bobagem”, pois quem diz o que quer ouve o que não quer).
Ora, ora, Alex. Dizer que o peixe morre pela boca é pouco.
Quer sair do Coritiba? Pois é livre para fazê-lo embora sempre tivéssemos a esperança de que com você voltando a ser o que foi pudéssemos crescer. Sabemos que não é culpa tua encontrar um elenco fraco ara ser coadjuvante. Mas sair atirando pedras, afirmando que o Coritiba é um time de pequeno para médio e que nada lhe deve? Provavelmente por enquanto somos no máximo médios e provavelmente o clube nada lhe deve em termos pecuniários. Mas e o despertar para o mundo do futebol que o clube lhe propiciou? E a paixão que a torcida sempre teve por você? Isso não mereceria algum reconhecimento, ou pelo menos que saísse quieto e sem demonstrar rancor?
Quanto à presença da torcida no estádio, que você entende como baixa mesmo quando estivemos entre os primeiros do campeonato, chamo a atenção para os números estatísticos. O Coritiba, clube de pequeno a médio como você diz, ainda mantém, em que pese o mau momento, a sétima melhor média de público do campeonato (sétima não é posição de pequeno a médio, salvo se médios e grandes fossem somente os seis primeiros). Não tenha dúvida, Alex, que, não ocorresse a debacle que aconteceu com o time a partir de agosto, o nosso estádio estaria recebendo sempre melhores públicos e a média seria maior ainda. Mas você não acha que um time que perde para o desconhecido Itagui pode trazer incentivo à torcida para que compareça? E você não percebeu que em todo o Brasil é assim, com as tais arenas vazias mesmo em jogos importantes? É uma questão do futebol brasileiro e não apenas do Coritiba.
A linha que separa a sinceridade exagerada e a grosseria é tênue. Há que ter bom senso e não sair a falar por aí tudo o que pensa. Se todos agissem assim, a sociedade seria extremamente conflituosa e as pessoas machucariam umas às outras.
Afinal não é a toa que nascemos com dois ouvidos e apenas uma boca. E que os antigos diziam “se o falar é prata, o calar é ouro”.
Mudando e não mudando de assunto, a propósito da coluna que postei ontem no meio da tarde, registro, por uma questão de transparência e justiça, que o Coritiba emitiu, também ontem, nota pública em seu portal nos seguintes termos (da qual só fui tomar conhecimento ao final do dia):
“O Coritiba vem, por meio desta nota, esclarecer a toda a nação coxa-branca que a matéria publicada no caderno de esportes da Gazeta do Povo, na edição de hoje, especialmente a manchete “Abandono dos sócios irrita presidente do Coritiba”, não reflete a verdade. A preocupação do presidente manifestada na entrevista, em relação ao aumento da inadimplência dos sócios do clube, em jogos de maus resultados, foi usada de maneira distorcida pelo jornal. O Coritiba reafirma a sua confiança em seu quadro social, que honra a história do clube, e é a sua razão de ser”.
Que bom que é assim, mas melhor seria que o desmentido não se limitasse a uma nota no sítio coritibano, acessado por poucos, mas fosse levada aos meios de comunicação em geral.
Será que o Alex fará um desmentido, ainda antes do jogo de amanhã? Temo que, se persistir sem negativa, o clima no estádio amanhã, envolvendo torcida e o time - especialmente você, Alex - não será dos melhores. E será que, se houver, a negativa será clara e peremptória?
Aguardemos.
Transcrevo, entre perplexo e entristecido, parte da matéria constante do portal Paraná-Online de hoje, edição virtual do jornal Tribuna do Paraná, onde é reproduzida entrevista dada pelo Alex à revista Placar, com o título:
“Alex está de malas prontas para deixar o Coritiba em 2014”.
Até ai só nos caberia lamentar a notícia, em especial porque o Alex disse ter voltado ao Coritiba por opção e amor, em que pese ainda não tenha nos dado o retorno que esperávamos. Mas ainda assim ele tem o direito de procurar o que lhe parecer melhor, trocando o amor velho por um novo.
Mas o que me espantou foi ler as declarações que constam no corpo da matéria:
“Não devia e continuo não devendo (nada ao clube). O Coritiba me deu a oportunidade quando eu era criança, de poder crescer nas categorias de base, me profissionalizar e seguir minha vida como atleta profissional. “Mas não tenho dívida nenhuma”, repete sempre”.
E adiante:
“O Coritiba é um time de médio para pequeno que só ganhou no meu desejo de retornar e ir ajeitando minha vida pós-futebol.”
Além disso, na mesma revista de circulação nacional mostra frustração com a torcida alviverde. “Quando voltei ao Coritiba, eu estava iludido que o torcedor poderia comparecer.... Nós ficamos invictos por dez jogos (no início do Brasileiro), nosso time jogando bem e o estádio não enchia”.
Em outra matéria, Alex diz ser contrário à homofobia e ao “politicamente correto”, encerrando a entrevista com a afirmação: “No futebol, a gente tem de exigir do jogador o rendimento em campo. Se ele é bonzinho, bêbado, veado ou bate na mulher, pra mim pouco importa.”.
Sem dúvida que o desempenho em campo é o que importa, não podendo haver qualquer descriminação por opção sexual. Mas como entender o paradoxo, entre o Alex pensar que é contrário à homofobia, mas que pouco se importa se o companheiro é “bêbado” ou “bate na mulher”?
Ora, o alcoolismo – não que não seja salutar tomar um bom vinho ou uma cerveja vinho de vez em quando – se excessivo é danoso, especialmente para um atleta. E um bom colega, que deseja ser líder, deveria procurar mostrar ao companheiro que aponta como “bêbado” que a prática poderá destruir a sua carreira.
Mas e quanto a “bater em mulher”. Pouco se importa o Alex? Em que mundo ele vive? Só falta dizer como na anacrônica piada jurídica quanto a bater na mulher seria “exercício regular de direito”... Cuidado, não se espante se uma entidade feminista reaja ante tamanha bobagem (não exagero em dizer que é “bobagem”, pois quem diz o que quer ouve o que não quer).
Ora, ora, Alex. Dizer que o peixe morre pela boca é pouco.
Quer sair do Coritiba? Pois é livre para fazê-lo embora sempre tivéssemos a esperança de que com você voltando a ser o que foi pudéssemos crescer. Sabemos que não é culpa tua encontrar um elenco fraco ara ser coadjuvante. Mas sair atirando pedras, afirmando que o Coritiba é um time de pequeno para médio e que nada lhe deve? Provavelmente por enquanto somos no máximo médios e provavelmente o clube nada lhe deve em termos pecuniários. Mas e o despertar para o mundo do futebol que o clube lhe propiciou? E a paixão que a torcida sempre teve por você? Isso não mereceria algum reconhecimento, ou pelo menos que saísse quieto e sem demonstrar rancor?
Quanto à presença da torcida no estádio, que você entende como baixa mesmo quando estivemos entre os primeiros do campeonato, chamo a atenção para os números estatísticos. O Coritiba, clube de pequeno a médio como você diz, ainda mantém, em que pese o mau momento, a sétima melhor média de público do campeonato (sétima não é posição de pequeno a médio, salvo se médios e grandes fossem somente os seis primeiros). Não tenha dúvida, Alex, que, não ocorresse a debacle que aconteceu com o time a partir de agosto, o nosso estádio estaria recebendo sempre melhores públicos e a média seria maior ainda. Mas você não acha que um time que perde para o desconhecido Itagui pode trazer incentivo à torcida para que compareça? E você não percebeu que em todo o Brasil é assim, com as tais arenas vazias mesmo em jogos importantes? É uma questão do futebol brasileiro e não apenas do Coritiba.
A linha que separa a sinceridade exagerada e a grosseria é tênue. Há que ter bom senso e não sair a falar por aí tudo o que pensa. Se todos agissem assim, a sociedade seria extremamente conflituosa e as pessoas machucariam umas às outras.
Afinal não é a toa que nascemos com dois ouvidos e apenas uma boca. E que os antigos diziam “se o falar é prata, o calar é ouro”.
Mudando e não mudando de assunto, a propósito da coluna que postei ontem no meio da tarde, registro, por uma questão de transparência e justiça, que o Coritiba emitiu, também ontem, nota pública em seu portal nos seguintes termos (da qual só fui tomar conhecimento ao final do dia):
“O Coritiba vem, por meio desta nota, esclarecer a toda a nação coxa-branca que a matéria publicada no caderno de esportes da Gazeta do Povo, na edição de hoje, especialmente a manchete “Abandono dos sócios irrita presidente do Coritiba”, não reflete a verdade. A preocupação do presidente manifestada na entrevista, em relação ao aumento da inadimplência dos sócios do clube, em jogos de maus resultados, foi usada de maneira distorcida pelo jornal. O Coritiba reafirma a sua confiança em seu quadro social, que honra a história do clube, e é a sua razão de ser”.
Que bom que é assim, mas melhor seria que o desmentido não se limitasse a uma nota no sítio coritibano, acessado por poucos, mas fosse levada aos meios de comunicação em geral.
Será que o Alex fará um desmentido, ainda antes do jogo de amanhã? Temo que, se persistir sem negativa, o clima no estádio amanhã, envolvendo torcida e o time - especialmente você, Alex - não será dos melhores. E será que, se houver, a negativa será clara e peremptória?
Aguardemos.
É evidente que todos nós ficamos tristes com esse tipo de matéria, mas acho que o ALEX e o time darão a resposta em campo amanhã, tendo uma grande atuação, pois ficaram treinando e envergonhados com o jogo de quinta.Quanto ao CORITIBA ser grande, somente quem não conhece toda a história do futebol brasileiro ainda tem dúvidas, não sabe quem é grande, médio ou pequeno, então que vão se informar!!!!
ResponderExcluirTinha lido a matéria mencionada pelo Rauen minutos antes de acessar o blog e apreciar as irretocáveis ponderações do colunista. Irritado com as supostas declarações do Alex, pus-me a refletir sobre o que me pareceu inacreditável. Bom..., em se tratando de Coritiba nada deve ser inacreditável, mas por ora prefiro acreditar que o responsável por aquela matéria está apenas utilizando texto sensacionalista e distorcido para chamar a atenção. Quero crer que um jogador de futebol que atua com o pé quebrado não pode estar de "malas prontas" para deixar o clube que desta maneira defende. Opto por enxergar que o fulano que escreveu aquilo é um daqueles "anti-Coxa", que tem a única finalidade de destruir o que, com muito sacrifício, tenta-se construir nesta reta final do brasileirão - a fuga do rebaixamento.
ResponderExcluirSe eu estiver me iludindo, que seja, pois o momento não é apropriado para divulgar este tipo de declaração de um ídolo. Agora que a TORCIDA está buscando carregar o time nas costas, não vejo com bons olhos notícias desagregadoras.
De qualquer forma, a declaração de que somos time "médio a pequeno" deve ser real - infeliz, mas real. Fico, contudo, me lembrando de velha discussão que há anos travo com amigos no trabalho (um atleticano, um botafoguense e um torcedor do Galo): os critérios para definir o "tamanho" de um clube limitam-se ao tamanho de sua torcida? Número de títulos? Quantidade de rebaixamentos? Ah, pare e leve tuas avaliações subjetivas contigo senhor Alex.
Nós devemos agradecer e muito ao que está acontecendo. As máscaras caem, o #Foda-çe, Vilson já não se sustenta mais em sua arrogância, prepotência e sede de 'negócinhos' e o #Alex Paraíba mostra-se tal e qual o Marcelinho, um cafageste que adora bajuladores. Até agora não está explicada a expulsão dele do Fener. Para 2014 tenho esperança que o clube não tenha mais em suas fileiras esses dois indivíduos (me contive bastante para não ter o comentário exluído).
ResponderExcluirCredence
Queridos amigos COXA, sobre a saída do ALEX, dêem um conferida no meu blog (vozalviverde.blogspot.com), onde postei um trecho do twitter que me PARECE tranquilizador.
ResponderExcluirVamos pro jogo. Força COXA!!!